O que é tiny house e o que esse conceito nos ensina?
De todos os conceitos mais revolucionários que a área de engenharia, arquitetura e decoração já apresentou ao mundo, um dos mais marcantes é, sem dúvida, o de Tiny House.
Se você já ouviu falar em minimalismo, sabe mais ou menos do que se trata. Porém, é preciso imaginá-lo sendo levado até suas últimas consequências, a ponto de que as tiny houses têm sido associadas a uma verdadeira filosofia ou estilo de vida.
Se o problema é espaço, estamos acostumados a recorrer a otimização com algo como armario sob medida. Mas e se você se desfizesse do que não importa, para morar em casas que medem cerca de 20 ou 30 m² e acolhem uma família inteira?
Ficou curioso? Então segue adiante na leitura para entender o que está por trás desse conceito revolucionário no modo de viver das pessoas.
Origem e proposta central das Tiny Houses
Hoje, se você compara os estilos carregados da arquitetura barroca ou rococó com o minimalismo, parece que este último estava totalmente certo em lançar suas diretrizes revolucionárias para a época.
No entanto, quando ele surgiu, em meados de 1950, nos EUA, foi visto com maus olhos por muita gente. Com o movimento Tiny House (traduzido como “Casa Minúscula”), surgido também nos EUA, entre 1990 e 2000, talvez ocorra a mesma evolução.
Em um primeiro momento esse movimento tende a causar espanto, pelo menos até a pessoa que entra em contato com ele compreender o conceito existente nisso tudo.
Jay Shafer é considerado seu criador. O que ele fez foi, após morar dois anos seguidos em um trailer, juntar essa ideia ao minimalismo e fazer uma casa de apenas 08 m², na qual não faltasse nada de que ele precisa para viver.
Com isso já fica claro como o ponto importante da Tiny House é que, primeiramente, ela faça sentido para o indivíduo ou mesmo a família que venha a habitá-la.
Para isso, uma loja de móveis planejados pode ajudar, já que quem adere à ideia vai precisar repensar a função de todos os móveis da residência, otimizando a maioria deles e até desistindo de alguns.
Quais os motivos para buscar essa filosofia?
Segundo os defensores do Movimento Tiny House, esses imóveis podem variar consideravelmente de tamanho, indo desde os 08 m² referidos acima, até cerca de 40 m². Mais do que isso, porém, já estaria fora da essência do conceito.
Também é importante observar que o movimento não pretende impor regras e mais regras para quem queira seguir esse estilo de vida. Assim, os principais motivos para buscar essa filosofia podem ser:
• Despojamento material e financeiro;
• Impacto ambiental e consciência ecológica;
• Economia no médio e longo prazo;
• Qualidade de vida e tranquilidade;
• Entre outros pontos.
Como essas casas costumam ficar afastadas em relação aos centros urbanos, isso já diz muito sobre como a proposta pode fazer bem para pessoas que queiram ou precisem (até por necessidades psicológicas) se afastar da correria do dia a dia.
Essas casas podem ter a instalação de um trailer e a função de serem transportadas com facilidade, ou serem fixas.
Se quiser priorizar a convivência, a pessoa pode não abrir mão de um sofá sob medida; se for amante de cozinha, pode priorizar esse espaço. O importante é a cada um “se encontrar” nesse estilo de vida.
Aprofundamentos acerca do conceito
Embora o tamanho seja, evidentemente, o que mais salta aos olhos nessa proposta. Também não podemos negar o elemento central da customização, isto é, de como cada um pode desenvolver sua própria tiny house segundo suas necessidades pessoais.
Acima apenas mencionamos os principais motivos, mas é preciso fazer um esforço para compreender melhor o que está por trás daqueles fatores.
Outro ponto: você já ouviu falar na Síndrome de Burnout? Também chamada de “Esgotamento Profissional”, o nome já diz tudo. Muitos sofrem dessa doença justamente pelo peso da cobrança e do esforço em manter tantos bens materiais.
O aspecto do impacto ambiental também é fácil compreender. Por isso mesmo a construção civil e a indústria moveleira precisam ser repensadas pelas próprias empresas que atuam nessa área.
Daí que o Movimento Tiny House comece no aspecto mais físico e imediato (o tamanho da casa), mas na prática acabe indo muito além do pontapé inicial e da pesquisa por móveis otimizados.
Com isso vemos como, embora obviamente não seja para todo mundo, a filosofia por trás desse movimento pode trazer melhorias para muita gente.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.